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| Drácula 2000, por Miramax Films |
A releitura do clássico de Bram Stoker nos
anos 2000
O Drácula de Lussier se passa na
contemporaneidade. Um grupo de ladrões invade uma loja de antiguidades em
Londres, ajudados por uma das empregadas da loja. Eles entram num grande cofre
e encontram um caixão de prata, protegido por armadilhas. O grupo rouba o
caixão e foge em direção à Nova Orleans. No caminho o caixão se abre e dentro
dele estava o próprio Drácula (Gerard
Butler).
Mathew/Abraham
Van Helsing (Christopher Plummer), o dono da loja, grande conhecedor dos
vampiros e arquinimigo de Drácula,
viaja até os EUA para rastrear a criatura. Ele é seguido por seu leal
empregado, Simon (Jonny Lee Miller). Quando Simon descobre o que realmente
estava acontecendo, e quem era realmente era seu querido patrão, ele se torna
um caçador de vampiros.
Mas
essa mudança de ambientação de Londres para Nova Orleans não é à toa. Há alguém
na cidade que Drácula busca, e que
Van Helsing precisa proteger. Mary (Justine Wadell), uma jovem que trabalha
numa loja de CDs e sofre de alucinações e pesadelos com um homem estranho
trajado de preto.
Crítica – plot original, boa ambientação,
atuações fracas
Ambientações
contemporâneas de histórias antigas são temáticas ousadas e arriscadas. Trazer
um personagem clássico para os tempos atuais pode aproveitar uma grande lenda
para ser recontada sob um novo viés, e que nos entregará novos significados.
Mas o Drácula de Lussier parece pouco
impressionado pelo novo mundo que encontra. Ele chega em Nova Orleans em pleno
carnaval, e é verdade que algumas cenas chamam sua atenção (principalmente as
sensuais), mas ele é tão centrado no seu objetivo que não perde tempo com as
novidades. Para alguém que dormiu por um século, o mundo deveria ser mais
intrigante.
As
atuações são em sua maioria fracas, podemos dar um destaque para Abraham Van
Helsing, que é um personagem mais interessante. Os efeitos especiais não são dos
melhores. Existem vários furos no roteiro, principalmente acerca das mudanças
de ambientação do meio para o final do filme (eles estavam numa igreja, depois
numa biblioteca, e aí num cemitério, e de repente foram parar no terraço de algum
prédio que possuía Cristo numa cruz toda iluminada).
O filme
traz uma nova sacada acerca da origem de Drácula.
No momento em que assisti houve uma reação de “Olha! Isso eu nunca tinha
pensado!”, mas não é como se fosse uma explicação revolucionária, ela funciona
apenas naquele contexto, e ajuda a dar um final dramático para Drácula. É um tanto bizarra quando você
para pra pensar mas ganha crédito pela originalidade.
Os
pontos positivos do filme vão para os figurinos que possuem uma pegada gótica;
para a trilha sonora (apesar de eu ter ficado um pouquinho indignado com heavy
metal no carnaval...); e Gerard Butler, que está um grande gostoso muito
bonito ao longo do filme, com uma estética bastante sedutora. E por falar em
estética, os figurinos e algumas das ambientações (como a loja de CDs) evocam
uma nostalgia dos anos 90 que é divertida e agradável.

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