Detetive Pikachu - uma abordagem diferente para Pokémon

 

Pokémon: Detetive Pikachu (2019), por Legendary Enterteinment

Depois de muito tempo decidi finalmente assistir a Pokémon: Detetive Pikachu, lançado em maio de 2019. Por alguma razão a estética realística dos pokémons não me chamaram a atenção, mas depois de ver algumas cenas com o Mr. Mime tive que dar o braço a torcer.

 

Sinopse

Em Detetive Pikachu somos apresentados ao jovem Tim Goodman (Justice Smith), um rapaz solitário que trabalha com seguros e não parece querer nada na vida, nem mesmo um parceiro pokémon. Ele está cada vez mais sozinho já que seu último amigo está saindo da cidade em que moram, assim como fizeram todos os outros. Mas Tim não quer seguir esse caminho. Ele não tem nenhuma grande motivação.

Entretanto, o desaparecimento de seu pai – Harry Goodman, um importante detetive – faz com que Tim se mova até a grande metrópole de Ryme City (onde humanos e pokémons convivem em completa harmonia, não há batalhas e os pokémons não ficam em pokébolas). No apartamento do pai, Tim encontra um estranho Pikachu (Ryan Reynolds) com um chapéu de detetive e que fala. Na verdade, apenas o garoto consegue entende-lo. Esse Pikachu é o antigo parceiro de seu pai, e ambos partem em uma investigação para encontra-lo.

 

Um mundo onde pokémons são reais

Não há dúvida de que uma das melhores coisas de Detetive Pikachu – primeiro filme de Pokémon a mesclar seres humanos reais e computação gráfica – é nos mostrar como seria um mundo onde pokémons existem.

Em Ryme City vemos os pokémons soltos e vivendo ao lado dos seres humanos. Um Machamp é guarda de trânsito, um Snubull é companheiro de um policial, um Ludicolo é atendente num café. Nas ruas, humanos e pokémons passeiam tranquilamente. Pra quem é fã da franquia não dá pra deixar de imaginar como seria um mundo assim.

 

Os pokémons realistas em computação gráfica

Era o ponto que me fazia postergar assistir esse filme. O estranhamento de quem está acostumado a ver os pokémons sempre representados em animação 2D ou 3D sendo feitos em computação gráfica numa estética mais realista é normal, e não posso deixar de dizer que alguns pokémons não ficaram bem, como foi o caso do Charizard.

Por outro lado, passando o estranhamento inicial, a estética realista parece ser uma abordagem bastante interessante. Alguns pokémons ficaram muito bons, como os já citados Mr. Mime, Snubull e Ludicolo. Além deles, Ditto, Greninja, Psyduck, Aipom, Gyarados, Torterra e o próprio Pikachu ficaram ótimos. O realismo dos pelos do Pikachu quando estão molhados ou sujos de terra, por exemplo, mostram as possibilidades dessa estética. Isso traz vida ao conceito de apresentar os bichinhos como se fossem reais.  

 

Uma grande corporação e seus objetivos malignos

Em termos de enredo, a premissa de Detetive Pikachu é bastante simples. Ela inclusive faz alusão a história dos jogos da série principal, onde uma determinada equipe/corporação quer controlar o poder de um Pokémon lendário para seus propósitos malignos – mas que eles julgam ser nobres.

Aqui, falamos do aclamado Mewtwo, um Pokémon criado pelos seres humanos com os genes de Mew. Considerado o Pokémon mais forte do mundo, Mewtwo, no filme, tem a habilidade de colocar a mente humana no corpo de um Pokémon, dadas algumas condições.

Ver Mewtwo é sempre emocionante, afinal de contas é o primeiro lendário que ganhou grande destaque na franquia lá quando foi lançado o primeiro filme. Mas diferente de Pokémon: O Filme, Detetive Pikachu não traz a aparição Mew.

 

Crítica – uma abordagem diferente e acertada

Pokémon: Detetive Pikachu é um filme divertido que traz o universo que conhecemos a partir de uma abordagem diferente. A diferença não é apenas estética, que é a primeira que notamos, mas também na história. O Pikachu falante tem conversas e tece comentários de temas “menos infantis” com Tim (mas que também não chegam a ser adultos).

Por falar em estética, há o sentimento de estranhamento mas também de novidade. Depois de décadas estamos vendo seres humanos num mundo onde existem pokémons, e eles não são de um jogo ou algo do tipo, são reais e podem viver selvagens como animais ou lado a lado com os humanos. E isso tudo foi um grande acerto pois tem um sabor muito especial pra quem acompanha Pokémon há anos.

O Pikachu detetive, interpretado por Ryan Reynolds, é outro ponto alto da história. Ele continua com a aparência fofa do Pikachu que conhecemos, fazendo diversas expressões adoráveis ao longo do filme, mas é viciado em café e dá conselhos amorosos pra Tim, o que faz muito engraçado.

O filme pede uma sequência e a produção dela já está confirmada. Nela, espero que seja melhor trabalho o universo do filme, já que conhecemos apenas a cidadezinha de Tim e a metrópole de Ryme City, que as batalhas sejam mais desenvolvidas e que o Mew (chamado no filme de Mew Ancestral, o que desperta curiosidade) faça sua aparição.


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